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Auditorias internas de qualidade em cuidados de saúde primários: abordagem organizacional, cultural e multidisciplinar dos centros de saúde a propósito da prevenção secundária do cancro da mama
Autor:
Mariana Augusta Lopes Neto
Prestar cuidados de saúde de qualidade significa prestar os melhores cuidados possíveis em função dos recursos disponíveis.
Não é apenas uma característica do produto final (cuidados de saúde); resulta da organização no seu todo, está ainda relacionada com a "forma como as coisas se fazem em determinada organização", ou seja, com os valores, crenças e atitudes partilhadas pelos seus membros – cultura organizacional.
Por último, e dado que os utilizadores também fazem parte do sistema prestador, relaciona-se com a forma como estes percebem a qualidade dos cuidados, assim como as alterações na sua qualidade de vida.
Verificou-se que a realização de auditorias de qualidade em cuidados de saúde primários tem como vantagem a possibilidade de avaliação contextualizada e individualizada da qualidade da prestação de cuidados, o desenvolvimento personalizado dos profissionais, constituir um veículo de informação dirigido e envolver a gestão com a qualidade. Possibilitam, por estas razões um envolvimento com comprometimento (commitment) dos profissionais e reúnem condições de se constituírem num importante instrumento de desenvolvimento contínuo da qualidade.
A Qualidade em Saúde beneficiou das experiências de outros sectores e sofreu um processo semelhante em termos de desenvolvimento e aplicação de conceitos. Hoje crê-se que parcimónia económica e qualidade são duas vertentes inseparáveis na prestação dos melhores cuidados com os recursos disponíveis.
Não é apenas uma característica do produto final (cuidados de saúde); resulta da organização no seu todo, considerando os recursos organizacionais e profissionais, as actividades desenvolvidas e ainda a sua relação com os resultados obtidos, tanto na vertente física e funcional como na vertente psico-social; está ainda relacionada com a "forma como as coisas se fazem em determinada organização", ou seja, com os valores, crenças e atitudes partilhadas pelos seus membros – cultura organizacional. Por último, e dado que os utilizadores também fazem parte do sistema prestador, relaciona-se com a forma como estes percebem a qualidade dos cuidados, assim como as alterações na sua qualidade de vida.
O caso dos cuidados de saúde primários, dada a sua posição privilegiada em relação à comunidade e às restantes instituições prestadoras de cuidados, confere uma importância particular tanto à articulação inter-institucional como à articulação com a comunidade; a diversidade da sua prestação de cuidados tornou necessário escolher alguns aspectos da prestação passíveis de fornecer elementos indicadores das condições de prestação global (tracers).
A fim de minorar os aspectos subjectivos das auditorias, as avaliações das prestações devem ser baseadas em orientações clínicas e protocolos de serviço. Na sua ausência é aceitável a utilização de consensos baseados na informação clínica disponível e na experiência dos profissionais.
Uma vez ponderados pelos custos inerentes ao processo e ao uso alternativo dos recursos disponíveis, estes aspectos foram incluídos na definição de um modelo de auditorias em saúde, considerada uma das formas mais construtivas de avaliar a qualidade dos serviços.
Através deste estudo, verificou-se que a realização de auditorias de qualidade em cuidados de saúde primários, apesar de onerosa, tem como vantagem a possibilidade de avaliação contextualizada e individualizada da qualidade da prestação de cuidados, o desenvolvimento personalizado dos profissionais, constituir um veículo de informação dirigido e envolver a gestão do centro com a qualidade. Possibilitam, por estas razões um envolvimento com comprometimento (commitment) dos profissionais e reúnem condições de se constituírem num importante instrumento de desenvolvimento contínuo da qualidade.
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