Da rua ao Hospital - As (des)continuidades do Sistema Integrado de Emergência Médica

Autor: 
Nelson Guerra

Este artigo procura divulgar a análise do Sistema Integrado de Emergência Médica Português, em particular, a sua articulação, na interface pré-hospitalar / hospital, e procura descrever o modelo sistémico implementado em Portugal.
Foi aplicada a metodologia Soft Systems, proposta por Checkland, segundo as suas fases, tendo-se recorrido a entrevistas, para a construção do modelo base, e a um painel de peritos para a sua validação e reformulação.

Este estudo Conclui que existem descontinuidades na articulação dos sectores pré-hospitalar e hospitalar, sendo que, em função dos resultados obtidos, essas fragilidades se centram principalmente na Qualidade Do Atendimento Ao Doente Emergente, na Compatibilização de Normas e Procedimentos, na Continuidade no Atendimento ao Doente Emergente e nas Competências Específicas e Formação

Perante estas conclusões, sugere-se a monitorização, clara e eficiente, dos sistemas de avaliação da qualidade, particularmente pela exigência de certificação de competências para o desempenho. 

Para a prossecução da Continuidade e da Qualidade no Atendimento ao Doente Emergente é necessário olhar, definitivamente, o SIEM, como um serviço de prestação de cuidados de saúde, que é accionado por um pedido de socorro, inicia-se onde quer que ocorra o acidente, passa pela unidade hospitalar mais adequada à situação da vítima e só termina quando essa pessoa é reintegrada na sua comunidade, com o mínimo de sequelas. Deve ser esta a cadeia do Sistema Integrado de Emergência Médica, para a qual, este estudo pretende, modestamente, contribuir.

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