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Acesso aos cuidados de saúde. Porque esperamos?
Por: Cipriano Justo.
Doutorado em Saúde Comunitária pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e professor catedrático convidado do mesmo, Cipriano Justo recebeu os prémios Ricardo Jorge (1988) a Arnaldo Sampaio (1994). Foi Subdirector-Geral da Saúde no gabinete da Dr.ª Maria de Belém Roseira e representou o Ministério da Saúde na Comissão Inter-ministerial para Timor Leste. Exerce actualmente funções no Centro Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, é membro da Comissão Executiva do Mestrado de Gestão dos Serviços de Saúde do ISCTE e docente do mesmo Instituto. Faz ainda parte dos corpos gerentes do Sindicato dos Médicos da Zona Sul.
"O aumento dos custos dos cuidados de saúde em todos os países europeus tem levado os governos a desenvolver políticas de contenção orçamental, e em todas as reformas encetadas nos últimos vinte anos a procura de maior eficiência e maior efectividade têm sido dois critérios sempre presentes. Procura de eficiência, no sentido de se produzir o maior volume possível de cuidados com os recursos disponíveis; maior efectividade, querendo significar a prestação de cuidados de saúde adequados às condições de quem deles necessita.
Tem havido também uma maior atenção às questões da qualidade dos serviços de saúde, em consequência tanto das exigências crescentes dos seus utilizadores como da necessidade de contenção de custos com os sistemas de saúde. As dificuldades sentidas em utilizar toda a capacidade instalada para responder a uma procura crescente vieram dar maior relevância à gestão da qualidade. Os tempos de espera podem considerar-se, neste aspecto, uma importante dimensão da qualidade dos serviços de saúde. A incorporação deste critério na lista dos padrões de qualidade obrigou à definição de tempos de espera e de listas de espera, com o objectivo de melhorar a prestação de serviços e para tornar possível comparar listas e tempos de espera entre países, entre organizações e dentro de cada serviço de saúde".
Editora Campo da Comunicação
Colecção Saúde, 92 páginas
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