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A Técnica Delphi de Formação de Consensos
Autor:
Cipriano Justo
A técnica Delphi é um conjunto de procedimentos iterativos aplicados a um grupo não presencial com o objectivo de obter a opinião consensual sobre uma matéria ou um conjunto de matérias para as quais se dispõe de dados insuficientes ou contraditórios.
A primeira aplicação conhecida da técnica Delphi data de 1948 e foi documentada por Quade (in Pill, 1971, pp 57-71)[1]. O processo utilizou vários tipos de corridas de cavalos com o objectivo de prever os resultados das corridas. Embora a experiência se tenha mostrado promissora, alguns defeitos detectados na sua aplicação fizeram que só em 1953 Dalkey e Helmer tenham de novo utilizado a técnica com algum significado, desta vez para recolher as opiniões de sete peritos sobre a guerra atómica como parte integrante do esquema de defesa dos EUA. Em 1959, Helmer e Resch, com "Epistemologia das Ciências não Exactas", procuraram conferir características científicas ao dispositivo em que se processava a elaboração de julgamentos e simulações por parte de peritos. Sem êxito, já que será Dalkey quem colocará o método do consenso baseado na opinião de peritos a meio caminho entre o conhecimento e a especulação (Dalkey, 1969, pp 1-5)[2].
A primeira aplicação da técnica Dephi com fins não militares foi feita por Helmer e Quale, em 1963, no planeamento das economias de países em vias de desenvolvimento. Contudo, a experiência que provocou maior interesse, e que consagrou a técnica Delphi, foi realizada por Gordon e Helmer no âmbito de um programa de investigação da Rand Corporation e que consistia na previsão de acontecimentos tecnológicos feitos a partir de 1964 até ao ano 2010 (Pill, 1971, pp 57-71)[3].
Definições
Weaver (in Farrel e Scherer, 1983, pp 51-60)[4] distingue entre Delphis exploratórios – utilizados para elaborar projecções de acontecimentos –, normativos – aplicados para promover a fixação de objectivos – e reactivos – em que é solicitado aos participantes para reagirem a informação previamente organizada, mais do que a gerar ideias.
Para Levine (1984, pp 306-317)[5], a técnica Delphi seria o melhor método para estabelecer previsões a partir da opinião de peritos. Milholand et al. (1973, pp 1272-75)[6] consideram-na uma maneira de ter acesso ao conjunto de conhecimentos de um grupo, enquanto que para Fink et al. (1984, pp 979-93)[7] seria uma tentativa de obter opiniões de peritos de uma forma sistemática.
Delp (s/d, pp 168-173)[8] define a técnica como um conjunto de procedimentos destinados a obter, agrupar e generalizar opiniões de peritos sobre um determinado assunto. Lindeman (1975, p. 4345)[9] descreve esta técnica como sendo um método de combinar opiniões de um grupo de peritos, envolvendo a aplicação de uma série de questionários, elaborados para produzir consenso e eliminar a conflitualidade das reuniões presenciais. Romm e Hulka (1979, pp 309-12)[10] consideram-na uma técnica destinada a gerar consensos entre um grupo de participantes com diferentes opiniões acerca de um determinado assunto. Para Bedford (1984, pp 670-74)[11], constitui uma técnica de interacção controlada destinada a obter um consenso.
Características da técnica Delphi
Os estudos sobre a utilização da informação fornecida pelos grupos incidiram até certa altura sobre a melhoria do tratamento estatístico das opiniões. Estes estudos indicavam que a precisão dos cálculos individuais podiam ser utilizados para avaliar o sucesso das previsões, e que o quadro de referências individuais, ainda que pequeno, tinha uma significativa influência sobre ele.
Em 1953, Dalkey e Helmer introduziram um procedimento adicional, a iteração com informação de retorno. O conjunto de procedimentos envolvidos neste trabalho recebeu o nome de "Delphi", designação desajustada, já que os processos utilizados têm muito pouco a ver com o oráculo (Dalkey, 1969, pp 15-17)[12]. Para estes autores, o exercício Delphi seria, sobretudo, uma maneira rápida e eficiente de desnatar ao máximo as cabeças de um grupo de peritos. Pill (1971, pp 57-71)[13] considera que a técnica Delphi teria a sua principal aplicação nos casos em que não se dispõe de meios para confirmar os resultados de uma previsão ou quando se tratasse de detectar indícios de rupturas ou inovações num dado campo do conhecimento.
As situações em que a aplicação da técnica Delphi colheria maiores benefícios seriam aquelas em que:
- O problema não pudesse ser resolvido com recurso a procedimentos analíticos
- Os especialistas escolhidos para resolver o problema tivessem experiências e formação diferentes
- A dimensão do grupo dificultasse a comunicação presencial
(Thomson e Ponder, 1979, p. 385)[14].
Para Starkweather; Gelwicks e Newcomer (1975, pp 37-46)[15], existiria actualmente uma tendência crescente para estender a aplicação da técnica Delphi a áreas tão diferentes como a fixação de metas e objectivos de um programa, o planeamento de actividades ou a elaboração de critérios de avaliação de cuidados de saúde. Relativamente às primeira e terceira aplicações, a utilização da técnica teria como efeito mudar o sentido da formulação dos enunciados de "o que é" e "o que é provável" para o campo dos valores normativos, cuja formulação segue a regra de "o que devia ser". Da primeira para a segunda formulação haveria uma degradação de objectividade acompanhada de uma maior implicação nos resultados do estudo.
As características da técnica Delphi fizeram dela uma melhor estratégia para tomar decisões do que as tradicionais reuniões presenciais. Em termos gerais, os procedimentos Delphi têm cinco características:
- Anonimato,
- Iteração com informação de retorno,
- Tratamento estatístico das respostas do grupo
- Utilização mais eficiente do tempo dos peritos
- Convergência na distribuição das respostas.
(Dalkey, 1969, pp 15-17)[16], (Starkweather 1975, pp 37-46)[17]
O anonimato, possível pela utilização de meios de comunicação formal, como o correio ou o terminal informático, constitui uma maneira de reduzir o efeito das relações de domínio presentes nas relações presenciais. O anonimato permitiria igual oportunidade para cada participante apresentar e reagir a opiniões sem a pressão da identidade dos outros membros. Além disso, garantiria que na análise das respostas cada opinião tivesse o mesmo peso (Whitman, 1990, pp 30-36)[18]. Esta característica permitiria que cada ideia fosse avaliada pelo seu próprio mérito, independentemente da fonte.
A iteração com informação de retorno – condução do exercício numa sequência de voltas entre as quais é comunicado aos participantes um resumo estatístico dos resultados da volta anterior – constituiria um dispositivo de redução do ruído comunicacional. Para Whitman (1990, pp 30-36)[19] a iteração com informação de retorno permitiria aos participantes, além do conhecimento sumarizado das opiniões de todo o grupo, poderem reconsiderar as suas opiniões a partir de informação mais diversificada.
A utilização de dados estatísticos resultantes das respostas do grupo é uma maneira de reduzir a tendência do grupo para a conformidade. Além disso, este dispositivo garantiria que a opinião de todos os participantes estava representada na versão final do estudo (Dalkey, 1969, pp16-17)[20].
Em virtude de ser uma técnica estruturada para atingir um objectivo específico, permite eliminar o tempo gasto em considerações marginais. Além disso, a utilização do questionário permite que cada participante, dentro dos limites impostos pelo próprio estudo, possa dispor do tempo adequado para elaborar as respostas, sem ter que obedecer aos condicionalismos do grupo.
A tendência natural do exercício Delphi para a centralização em torno da mediana (efeito Condorcet) nem sempre permitiria que fosse considerada com a devida atenção a distribuição não consensual. Para Goodman (1987, pp 729-34)[21], seria de dar mais importância à estabilidade do grupo em torno de um tópico ao cabo de sucessivas voltas do que a aparente convergência que mascara, por vezes, a distribuição bimodal ou monótona das respostas. Todos os consensos obtidos a partir da variação da média ou da mediana entre as voltas não só se mostrariam processualmente insuficientes como também seriam potencialmente falsos. A convergência, constituindo um ponto forte da técnica Delphi no sentido de orientar o grupo para uma decisão, não deveria ser inibitória de incluir as divergências na avaliação final do exercício (Esquema 1).
Esquema 1. Processo da formação do consenso na técnica Delphi
Metodologia da técnica Delphi
A constituição do painel
Do ponto de vista metodológico, a técnica Delphi impõe a observação de critérios de validade e fiabilidade. No que respeita aos peritos, considera-se que deverão satisfazer as seguintes condições (Press, 1978, pp 526-535)[22]:
- Conhecerem pessoalmente a região, a comunidade ou a instituição em estudo
- Desempenharem as funções ou desenvolverem actividades relacionadas com o objecto do estudo
- Participarem activamente na vida da colectividade ou da instituição
- Terem participado em trabalhos anteriores sobre problemas relacionados com a matéria em estudo
Relativamente às características de um perito deve distinguir-se entre o aspecto "substantivo" das suas competências e o aspecto "normativo", que constituiria a capacidade de expressar opiniões em termos de probabilidade. Pill (1971, pp 57-71)[23] resume o conceito de perito como sendo alguém com conhecimentos relevantes sobre o problema em estudo.
Em áreas de aplicação com uma forte componente social como a saúde, a heterogeneidade seria preferível à homogeneidade na composição do painel. A multidisciplinaridade permitiria obter consensos predictivos mais válidos do que aqueles que seriam obtidos se o painel fosse constituído por peritos da mesma especialidade. Para Starkweather (1975, pp-37-46)[24], na previsão tecnológica os peritos deveriam ser escolhidos pelos seus conhecimentos profundos numa dada área do conhecimento, enquanto que na previsão social os peritos teriam de possuir conhecimentos sobre uma grande variedade de assuntos para serem capazes de explorar os aspectos mais importantes do problema em estudo. O recurso à utilização das opiniões de peritos no painel Delphi decorreria da sua suposta capacidade predictiva (Sackman, in Goodman, 1987, pp 729-734)[25]; contudo, para este autor, existiria um notável grau de ahistoricidade nos pontos de vista da maior parte dos cientistas. Isso reflectir-se-ia na raridade com a analogia histórica é utilizada na previsão.
Número de participantes
Na opinião de Delbecq (1974, pp 605-21) seriam suficientes trinta participantes bem seleccionados para constituírem um painel Delphi; um número superior de respondentes não produziria alterações significativas nos resultados. Este número varia bastante segundo os estudos, e nos trabalhos consultados vai de doze (Woolliscroft, 1985, pp 840-46)[26] a setecentos e cinquenta (Normam, 1990, pp 320-36)[27]. Delbecq, Van de Ven e Gustafson (1984, pp 113-14)[28] consideram que se o grupo for homogéneo são suficientes entre dez a quinze participantes; se for heterogéneo podem integrá-lo várias centenas de elementos. Consideram, contudo que num grupo homogéneo não são necessários mais do que trinta participantes para gerar ideias novas (Quadro 1).
Formulação da questão de investigação
De forma a reduzir ao mínimo os erros de interpretação e a melhorar a fiabilidade do questionário aplicado ao painel Delphi, Starkweather (1975, pp 37-46)[29] e Delp (s/d, pp 168-73)[30] sugerem que as perguntas ou questões sejam colocadas de forma inequívoca e contextualizada. Significaria isto que deveriam obedecer aos seguintes critérios:
- Fazer apelo às funções desempenhadas pelos participantes
- Explicitar o objecto e o objectivo do estudo
- Referir os temas a investigar
- Indicar o horizonte temporal em que se vai aplicar os seus resultados
- Serem o mais curto possível
- Estarem adaptadas à linguagem das áreas de competência dos peritos
- Produzirem respostas úteis ao nível da abstracção exigível
No seu formato clássico, o painel inicia-se com um conjunto de questões abertas para permitir aos participantes identificar o universo das respostas possíveis, relacionadas com o estudo. As questões abertas estariam indicadas, sobretudo, nas situações em que existissem potencialmente muitas opiniões e em que a informação disponível fosse escassa.
Alguns autores eliminam este passo e apresentam aos participantes, na primeira volta do exercício, uma lista de enunciados consistentes com o objectivo do estudo, recolhidos a partir da revisão da literatura, dos dados da observação empírica, dos dados de movimento dos serviços, entre outros. Entre os estudos que utilizaram esta variante, dão-se os seguintes exemplos:
Critérios consensuais da qualidade do desempenho dos centros de saúde portugueses. Metodologia da combinação da técnica Delphi com a opinião de informadores-chave da comunidade. (Justo. 1993)[31]
Indicações (adequação/inadequação) para a aplicação da angiografia coronária, endoscopia gastroentestinal e endarterectomia da carótida a partir da revisão de fichas médicas (Park et al. 1989, pp 445.47)[32]
Fixação de objectivos a médio prazo para os problemas prioritários de saúde, a partir de projecções obtidas pelo método dos mínimos quadrados. (Tavares, 1988, pp 4-29)[33]
Reformulação dos programas de saúde materno-infantil num quadro de restrições orçamentais, a partir de cenários alternativos quanto ao seu financiamento. (Loos et al., 1985, pp 683-93)[34]
O processo de formação do consenso
No seu estudo sobre os procedimentos da técnica Delphi, Dalkey (1969, pp-18-20)[35] verificou que na primeira volta do exercício existe uma grande dispersão de respostas que vão progressivamente convergindo e tornando-se mais precisas com a iteração e a informação de retorno.
A quantidade, a variabilidade e a ordem com que os dados são apresentados na informação de retorno constituiriam outras tantas variáveis que influenciariam as opiniões dos participantes. Uma grande quantidade de informação de retorno poderia diminuir a consistência das suas opiniões, assim como a ordem de apresentação poderia afectar a avaliação de cada enunciado, ou seja, uma vezes o primeiro enunciado da série seria percebido como o mais importante (efeito de precedência), outras seria o último (efeito de recenticidade).
Existiriam três condições para que os julgamentos probabilísticos pudessem ser considerados significativos. A primeira, estaria relacionada com a importância relativa do problema e com o grau de competência com que os participantes se reconheciam para lidar com ele; a segunda, diria respeito à precisão predictiva dos participantes ser melhor do que qualquer teste estatístico disponível; a terceira, consistiria na evidência estatística de que os julgamentos probabilísticos seriam mais precisos e úteis do que os julgamentos deterministas.
A informação de retorno é uma variável de particular importância em situações de julgamento probabilístico. Dalkey (1969, p.45)[36] defende que a maior parte da tendência para mudar de opinião é imputada à distância da resposta à mediana da primeira volta. Segundo Whitman (1990, pp 30-36)[37] não é certo que os participantes mudem de opinião na base dos dados da informação de retorno, ou se o fazem, apesar da protecção do anonimato, porque se sentem pressionados a conformar-se com as respostas do grupo. Não existe evidência, por isso, de que o consenso represente uma concordância baseada em opiniões fundamentadas, ou se constitui um efeito da tendência para o conformismo.
Quadro 1. Resumo das principais características da técnica Delphi
Nº de voltas | Nº e tipo de participantes | Procedimentos | Características da pergunta | Níveis de consenso |
2 a 4 | 12 a 750 Peritos e/ou notáveis da comunidade | Anonimato dos participantes, iteração com informação de retorno, tratamento estatístico das respostas do painel | Apelo às funções dos participantes, explicitação do objecto e do objectivo do estudo, referência aos temas a estudar, indicação do horizonte temporal para a aplicação dos resultados do estudo | Consenso obtido por X% dos participantes na última volta; X% dos tópicos receberem a maior parte dos votos ao fim de y voltas |
Na técnica Delphi o nível e tipo de consenso deve ficar antecipadamente definido (Quadro 1). Existem vários critérios para se estabelecer o momento em que se alcançou o consenso. Fink (1984, pp 979-83)[38] propõe os seguintes critérios:
- Nenhum tópico ser aceite se não for adoptado por X% dos participantes na última volta;
- X% dos tópicos receberem a maior parte dos votos ao fim de y voltas;
- Só serem adoptados os tópicos que tenham recebido uma pontuação média superior ou igual a 3 na escala de Likert (1-5);
- Só serem adoptados os tópicos que tenham recebido pelo menos a classificação 2 numa escala 1-3, de 51% dos participantes;
- Serem eliminados os tópicos que tenham sido rejeitados por pelo menos X% dos participantes
O tratamento estatístico das respostas
Apesar dos esforços para controlar os erros de interpretação, as respostas estão sempre contaminadas por alguma incerteza, proveniente, entre outras fontes, das próprias perguntas. Um questionário é tanto mais fiável quanto a variância intergrupos se aproxima da variância total das respostas. Uma segunda fonte de incerteza reside na flutuação das opiniões dos participantes.
Sendo uma resposta constituída por dados lógicos e por dados da experiência pessoal, a quantidade de incerteza incluída numa resposta deve-se, sobretudo, à quantidade de dados da experiência pessoal nela incluídos. Assim, um grupo poderia ser inteiramente fiável à custa de respostas erradas – seria o caso do grupo em que os dados da experiência pessoal predominassem sobre os dados lógicos -, ou inteiramente enviesado à custa de respostas certas – seria o caso do grupo que não chegasse a consenso por não se verificar flutuação nas respostas individuais (Levine, 1984, pp 306-17)[39].
Embora a mediana e o intervalo interquartil sejam os estatísticos mais utilizados e mais citados na literatura, também se calculam médias, modas, frequências e classificações. Norman et al (1990, pp 320-36) utilizaram o teste do qui-quadrado para avaliarem as diferenças estatísticas das respostas, por profissão, sexo e residência dos participantes. Milholand et al. (1973, pp 1272-75)[40] substituíram a variância e o desvio-padrão pela "taxa de confiança do grupo" para medirem a precisão do painel Delphi. Para se obter esta taxa cada membro classifica as suas respostas aplicando a escala e Likert, indicando assim o grau de confiança da sua resposta; a média da pontuação seria tomada como o nível de confiança do painel (Selltiz, 1960, p. 413)[41].
Base de Evidência
[1] Pill, J. The Dephi method: substance, context, a critique and na annotated bibliography. Socio-Econ. Plan. Scie, 5, 1971.
[2] Dalkey, N. The Delphi method: na experimental study of group opinion. Rand Corporation, 1969.
[3] Idem
[4] Farrel, P.; Scherer, K. The Dephi technique as method for selecting criteria to evaluate nursing care. Nurs.Pap., 51(60), 1983.
[5] Levine, A. A model for health projections using knowledgeable informants. Wld. Health Stat. Quart., 37, 1984.
[6] Milholand, A., et al. Medical assessment by a Delphi group opinion technique. NRJM, 288, 1973.
[7] Fink, A., et al. Consensus methods: characteristics and guidelines for use. AJPH, 74, 1984.
[8] Delp, P., et al. Systems tools for Project planning. Office of Rural Development and Development Administration. Agency for International Development, s/d.
[9] Lindeman, CA. Delphi survey of priorities in clinical nursing. Nurs. Res., 24(6), 1975
[10] Romm, FJ.; Hulka, BS. Developing criteria for quality of care assessment of the Delphi technique. Health Ser. Red., 4, 1979.
[11] Bedford, MR. The affective domain: behaviors important in entry-level practices. J. Am. Diet. Ass., 84(6), 1984.
[12] Idem
[13] Idem14] Thomson, WA.; Ponder, LD. Use of Delphi methodology to generate a survey instrument to identify priorities for state allied health associations. J. All. Health Beha. Scie, 2, 1979.
[15] Starkweather, DB.; Gelwicks, L.; Newcomer, R. Delphi forecasting of health care organization. Inquiry, 12, 1975
[16] Idem
[17] Idem
[18] Whitman, NI. The committee meeting alternative using Delphi technique. JONA, 20(7/8), 1990.
[19] Idem
[20] Idem
[21] Goodman, CM. The Delphi technique: a critique. J. Adv. Nurs., 12, 1987.
[22] Press, SJ. Qualitative controlled feedback for forming group judgements and making decisions. Am. Stat. Ass., 73(363), 1978
[23] Idem
[24] Idem
[25] Idem
[26] Woolliscroft, JO.; et al. Self-evaluation by house officers in a primary care training program. J. Med. Educ., 60, 1985
[27] Norman, DK., et al. Critical features of a curriculum in health care quality and management. QRB, 9, 1990.
[28] Delbecq, AL.; Van de Ven, AH.; Gustafson, DH. Técnicas grupales para la planeación. Editorial Trillas, 1984.
[29] Idem
[30] Idem
[31] Tese de doutoramento em Ciências Biomédicas, especialidade de Saúde Comunitária. ICBAS, 1994.
[32] Park, RE., et al. Physician ratings of appropriate indications for three procedures: theoretical indications vs. indications used in pratice. AJPH, 79, 1989.
[33] Tavares, AM. Projecções de indicadores de saúde – contributo para um plano a médio prazo. DGCSP, 1988.
[34] Loos, GP., et al., Probable future funding priorities in maternal and child health: a modified Delphi national survey. J. Health Pol. And Law, 9 (4), 1985.
[35] Idem
[36] Idem
[37] Idem
[38] Fink, A., et al. Consensus methods: characteristics and guidelines for use. AJPH, 74, 1984
[39]Idem
[40] Idem
[41] Selltiz, C., et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. Ed. Pedagógica e Universitária, S.Paulo, 1974.
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