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Para a formulação de qualquer política, é necessário começar por identificar os aspectos a desenvolver para alcançar a mudança. É neste contexto que os observatórios, especificamente os que tratam da área da saúde, assumem especial importância.

O presente trabalho surge no seguimento do estágio desenvolvido no Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), sedeado na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Pretende não só dar uma ideia geral acerca da realização do estágio, fundamental para a finalização bem sucedida na licenciatura, mas ainda para evidenciar uma relação de sinergias entre a formação académica em Política Social e o desenvolvimento das actividades dos Observatórios Sociais, nomeadamente os que, directa ou indirectamente, estão relacionados com a área da saúde.

Colaborar com o Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que desenvolvendo a sua actividade na área da saúde é, numa perspectiva mais ampla, um observatório social, permitiu conhecer o seu funcionamento e acima de tudo a importância da investigação como contributo na elaboração de políticas.

Através do estabelecimento de um conjunto de critérios que permite definir um observatório e compará-lo com outros cujos critérios sejam semelhantes, é possível a extrapolação, a nível de funcionamento, do OPSS, para outros observatórios, sem cair no risco da generalização.

A Política Social, enquanto actividade prática permite lidar com os graves problemas sociais que continuam a existir e a demandar intervenção rápida e eficaz, exercer acções em matéria de serviço social, porque se estudam as políticas de família, de saúde, de habitação, o planeamento económico e social e aprende-se a lidar com os indivíduos, os grupos e as comunidades. Porém, também a parte teórica carece de profissionais, que investiguem, analisem, criem e avaliem as politicas que trarão mudanças no terreno. Para quem prefere a área da investigação-acção, tem nos observatórios uma boa oportunidade de desenvolvimento e enriquecimento pessoal.