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Cancro do colo do utero

O cancro do colo do útero corresponde aproximadamente a 12% de todos os cancros que afectam as mulheres. Embora seja uma doença evitável é o segundo cancro mais comum em todo o mundo e o mais comum nos países em vias de desenvolvimento (WHO, 2002). Os programas de rastreio organizados levaram a uma diminuição da incidência desta doença nos países onde foi implementado. Em Portugal o rastreio é oportunista, possuindo o nosso país uma das mais altas taxas de incidência da Europa.

O plano oncológico nacional preconiza uma política nacional de rastreios de cancro, na dependência do Ministério da Saúde, que incidirá sobre o carcinoma do colo do útero, mama e do cólon e recto. 

 Sítios e documentos com interesse:

__ ___________The European Consortium for Cervical Cancer EdThe Europe

 

Considerações a fazer antes de estabelecer programas de rastreio

(Wilson e Jungener, 1968, citados em Mausner &Bahn, Introdução à epidemiologia, Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, 2ª edição, páginas 327-330)

 

 

1. A condição a estudar deve constituir um problema de saúde importante 

2. Deverá existir um método de tratamento eficaz para a doença a identificar  

3. Devem existir facilidades para efectuar o diagnóstico e o tratamento

4. Deve existir um período de incubação ou um estado sintomático precoce identificáveis

5. Deve existir um teste ou método de exame adequado

6. O teste deve ser bem aceite pela população

7. A história natural da doença, incluindo a evolução desde a fase latente até à doença declarada, deve ser adequadamente compreendida

8. Terá de haver acordo sobre quem é que deve ser considerado como doente

9. O custo da descoberta de casos (incluindo o diagnóstico e o tratamento dos doentes diagnosticados) deve ser ponderado economicamente em relação aos possíveis gastos com o conjunto dos cuidados médicos

10. O processo de descoberta de casos deve ser contínuo e não uma actividade que se realiza de uma vez por todas      

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